A adoração dos Magos, Hieronymus Bosch - Créditos fotográficos da Web Gallery of Art
Não escrevo sobre política, futebol ou outro tema da actualidade. Aproveito para falar do Natal, do seu significado intemporal, para todos aqueles que acreditam num Deus – chame-se ele como se chamar, porque o nome de Deus não é relevante.
O Evangelho da Vigília é de Mateus e propõe-nos um filho de Deus próximo de nós, que se orgulha das gerações que o antecederam. Este Jesus, não é apenas uma divindade distante, destinada a alguns privilegiados ou a alguns eleitos. Como escreve o evangelista, "a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado "Emanuel", que quer dizer "Deus connosco"".
A expressão "Deus connosco" condensa boa parte da mensagem cristã. Ela contém uma atitude, um programa de vida, que não passa de moda e resiste a todas as modas. É certo que não vem com a playstation, com o gameboy ou com ipod, mas Ele está lá. Estar com alguém é partilhar os bons e os maus momentos, os sucessos e a dor, a alegria de viver e a tristeza de todas as partidas. Por vezes, a dureza da vida ou das circunstâncias pessoais, levam-nos a perguntar por este Deus que parece desaparecer. E duvidamos, com naturalidade, humanamente.
Porém, Ele está "connosco", porque é assim que se desenha esta relação, feita no profundo significado da individualidade de cada um. "Deus connosco" não é slogan de marketing religioso, mas elogio à singularidade de cada homem e de cada mulher.
Regresso a Al Berto, um dos meus poetas: "Um dia frente ao mar, ele pensou: se me apagasse neste preciso instante, o mundo pouco se importaria com isso. No entanto, deixaria de ser o mesmo: seria um mundo com todas as coisas que conheci e toquei, mas sem mim".
Em véspera de Natal, gosto sempre de lembrar os Magos, que se tornaram apenas num adorno na história que contamos ritualmente aos nossos filhos. O Deus de sempre, fê-los acreditar e partir. Com simplicidade, iniciaram uma jornada de fim incerto, guiados apenas pelo coração. Este Deus que vai (re)nascer é um Deus de convicções, de firmeza nas escolhas. Acho que só assim é que podemos seguir o brilho ténue duma estrela, acreditando que Deus caminha ao nosso lado.
Um Santo Natal.
O Evangelho da Vigília é de Mateus e propõe-nos um filho de Deus próximo de nós, que se orgulha das gerações que o antecederam. Este Jesus, não é apenas uma divindade distante, destinada a alguns privilegiados ou a alguns eleitos. Como escreve o evangelista, "a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado "Emanuel", que quer dizer "Deus connosco"".
A expressão "Deus connosco" condensa boa parte da mensagem cristã. Ela contém uma atitude, um programa de vida, que não passa de moda e resiste a todas as modas. É certo que não vem com a playstation, com o gameboy ou com ipod, mas Ele está lá. Estar com alguém é partilhar os bons e os maus momentos, os sucessos e a dor, a alegria de viver e a tristeza de todas as partidas. Por vezes, a dureza da vida ou das circunstâncias pessoais, levam-nos a perguntar por este Deus que parece desaparecer. E duvidamos, com naturalidade, humanamente.
Porém, Ele está "connosco", porque é assim que se desenha esta relação, feita no profundo significado da individualidade de cada um. "Deus connosco" não é slogan de marketing religioso, mas elogio à singularidade de cada homem e de cada mulher.
Regresso a Al Berto, um dos meus poetas: "Um dia frente ao mar, ele pensou: se me apagasse neste preciso instante, o mundo pouco se importaria com isso. No entanto, deixaria de ser o mesmo: seria um mundo com todas as coisas que conheci e toquei, mas sem mim".
Em véspera de Natal, gosto sempre de lembrar os Magos, que se tornaram apenas num adorno na história que contamos ritualmente aos nossos filhos. O Deus de sempre, fê-los acreditar e partir. Com simplicidade, iniciaram uma jornada de fim incerto, guiados apenas pelo coração. Este Deus que vai (re)nascer é um Deus de convicções, de firmeza nas escolhas. Acho que só assim é que podemos seguir o brilho ténue duma estrela, acreditando que Deus caminha ao nosso lado.
Um Santo Natal.
PUBLICADO NO AÇORIANO ORIENTAL, EM 19 DEZEMBRO 2007
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