17/03/2007

AS OBRAS DE REGIME

Se quanto à OTA ainda há um razoável escrutínio público (longe do desejável, atendendo à expressão financeira da obra - três mil milhões de euros), as obras de regime nos Açores não têm qualquer escrutínio, apesar da sua dimensão financeira e do seu peso no PIB regional poder ser equivalente ao da OTA. As opções públicas são muito pouco discutidas e os relatórios e estudos quanto à oportunidade, conveniência, custos e (des)vantagens da sua construção são escondidos da opinião pública. O Governo Regional dos Açores está a gastar mais de 50 milhões de euros na construção das Portas do Mar, em Ponta Delgada, sem que tenham sido divulgados (nem sei se chegaram a ser feitos) os estudos que justifiquem uma opção tão cara e sem que se conheçam as suas vantagens, para além dum piedosa e generalista aposta "no turismo de cruzeiros".
Em 30 de Janeiro, o Presidente do Governo afirmava que esta obra tinha um "alto potencial reprodutivo e potenciador da economia açoriana", como se lê no Jornal Diário.

Aqui fica, então, o desafio ao Governo Regional: publique na net todos os relatórios e estudos que mandou elaborar sobre as Portas do Mar, para que todos possamos tirar as nossas próprias conclusões.

Sem comentários: