O Carlos escreveu que trocaria de bom grado alguns milhões de euros do QREN (o próximo quadro comunitário de apoio) pela integração da Universidade dos Açores no grupo de instituições do ensino superior que integram o grupo de entidades que participam no acordo científico com o MIT. Concordo com a observação e escrevi sobre isso há uma semana atrás no Açoriano Oriental ( o texto está no anjo mudo, como sempre, aqui ao lado).
Sobre a ausência da Universidade dos Açores deste grupo de instituições bafejadas pela sorte - política? - caíu um pesado silêncio. Sobre a matéria, o Governo Regional guardou um pesado silêncio, apesar de proclamar a sua aposta nas novas tecnologias e a sua profissão de fé na Estratégia de Lisboa. O representante da Região na Comissão Bilateral da Base das Lajes, blogger assumido nada diz. As relações com Lisboa, que neste capítulo, deveriam ser privilegiadas, afinal não passam dum breve e fugaz conhecimento de vista. A Universidade dos Açores e os investigadores Açorianos ficaram para trás quando, pelo menos no domínio dos sistemas de energia - uma das áreas da cooperação com o MIT - a Região tem um invejável conhecimento e faz investigação de ponta (geotermia, energia das marés e hidrogénio). Não basta enviar telegramas de felicitações ao Prof. Craig Melo, para justificar a aposta na ciência e tecnologia e cavalgar a espuma dos acontecimentos.
Os Açores perderam e perderão de novo no domínio da ciência, do conhecimento - áreas em que nos podemos diferenciar - enquanto imperar a visão estreita e limitada de quem nos governa. Os milhões de Lisboa e da União Europeia são importantes, mas não são tudo.
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