O hotel onde estou por estes dias - um forte do século XVI, debruçado sobre o canal de Nemésio, de Margarida Clark Dulmo ou de Genuíno Madruga - colocou na mesa do quarto uma flor de escama de peixe, assinalando o Dia Mundial do Turismo.
A delicadeza da peça artesanal não chega para afastar os receiso quanto ao futuro das políticas turísiticas nos Açores.
A taxa média de ocupação-cama foi, durante o primeiro semestre de 2006, de 36,9%. A receita média por dormida nos Açores - um indicador que permite medir os níveis de consumo turísitico e o perfil dos turistas que nos visitam - é 35,12 euros em 2005, contra 42,37 euros em 1996 (a preços constantes de 1996).
Estes números revelam bem que, apesar de termos mais camas e mais turistas, os hoteleiros têm um rendimento cada vez menor, desde 1997.
As percentagens com que o discurso oficial dos responsáveis pela política de turismo nos Açores procuram dourar as estatísticas já não conseguem esconder as reais dificuldades dos empresários e operadores turísticos.
Dá que pensar, não dá?
Sem comentários:
Enviar um comentário