Comecemos por recordar que o Prof. Campos e Cunha não era um Ministro qualquer: Ministro das Finanças, também Ministro de Estado (a par com Freitas do Amaral), o que significa que o Primeiro-Ministro lhe conferiu um peso político específico na estrutura do Governo.
Desde cedo se percebeu que Campos e Cunha não se tinha ajustado bem ao papel de Minsitro de Estado e das Finanças, bastando para atanto recordar o anúncio extemporâneo do aumento de imoposto à TSF, ainda o Governo não tinha tomado posse ou o conteúdo do artigo na edição de Domingo passado, do Público (o qual pode ser consultado aqui).
Este artigo, com asa declarações que hoje prestou ao Diário Económico, terão sido a gota de água na sua relação com o Primeiro-Ministro e conduziram à sua exoneração, sob a pública aparência dum sempre mais discreto pedido de demissão apresentado pelo próprio.
A demissão dum Ministro das Finanças é sempre um sinal de crise no seio de qualquer governo, sobretudo quando se conjugam três outras circunstâncias: ser também um Ministro de Estado, estar no poder há pouco mais de cem dias e o Governo atravessar um notório período de descoordenação política que não abona em favor do seu núcleo duro.
A demissão de Campos e Cunha é um tiro no porta-aviões do Governo de José Sócrates. Os augúrios continuam a não ser bons!
Sem comentários:
Enviar um comentário