De João Paulo II recordo a frase que proferiu na sua primeira visita à Argentina: " I hope against all hope". A força e a determinação da esperança marcaram o seu pontificado. Nada ficou igual na Igreja, com este Papa. Nada ficará igual depois deste Papa.
"Comovidos a oeste", recordamos um Papa que marcou o seu pontificado pela brutal - por vezes chocante - humanidade no desempenho de pastor de milhões de católicos, à roda do mundo. Convivemos com a sua energia, a sua determinação, a sua vontade de mostrar uma Igreja de rosto humano e sentido divino. Mergulhámos na sua dor pessoal, na inexorável decadência física, que foi um sinal - que acredito que João Paulo II quis transmitir aos homens - de que o sofrimento tem um sentido redentor, fazendo parte da nossa condição humana. Num tempo de facilidades vários, de hedonismos dispersos, convertidos num quase-credo da vida moderna, convivemos mal com o sofrimento, com a decadência da parte mortal de nós - o corpo. O exemplo de João Paulo II, é, ao mesmo tempo, redentor e um uma advertência para todos aqueles que deixam de acreditar na santidade da vida. Pelos media, hora a hora, minuto a minuto vimos - vivemos, mesmo - a dor, o sofrimento dum Papa que se tornou familiar para nós. E isto dá que pensar!
Comovido, inclino respeitosamente a cabeça por um homem bom.
Acredito que os Cardeais da Igreja saibam encontrar um sucessor à altura dos novos desafios dum mundo em mudança. Acredito que a eleição dum novo Papa não é apenas um simples acto eleitoral, no sentido convencional do conceito. Acredito que o Espiríto Santo inspirará os Cardeais eleitores.
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