17/02/2005

OS CARTAZES, A VERGONHA E O RESTO

Ontem, os telejornais passaram o "sound-byte" do Presidente do PS/Açores, em campanha na Horta, no qual ele afirmava que o PSD tinha vergonha do seu candidato a Primeiro-Ministro e por isso não o trazia aos Açores.
A declaração merece três observações.
Primeira - Para um partido tão seguro das qualidades do seu próprio candidato a Primeiro-Ministro, que até gostará de o mostrar - argumento "a contrario", como os juristas gostam de dizer - então como se explica que a sua passagem pelos Açores se tenha ficado por um discreto jantar no Royal Garden, em Ponta Delgada, numa sala que, com vontade levará umas duzentas e cincquenta pessoas?
Segunda - Nã há razões para ter vergonha do candidato do PSD, cujo governo, conjuntamente com o governo de Durão Barroso, resolveu um conjunto assinalável de questões em contencioso com a República.
Terceira - Finalmente quanto a quem está envergonhado: o PSD colocou na rua cartazes com a cara do seu cabeça-de-lista, uma carta do Dr. Mota Amaral dirigida ao eleitorado. Do lado do PS, apenas recebemos em casa um folheto com Carlos César e José Sócrates em grande destaque, com o Dr. Ricardo Rodrigues remetido para uma mais do que discreta fotografia igual à dos outros candidatos, no interior do "infomail". Na rua, apenas cartazes de José Sócrates. Afinal, quem esconde o quê? Apesar de tudo, continuamos a escolher candidatos a Deputados. Ou não será assim?

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