Porque ainda é tempo!
Como é próprio da época, os postais de Natal inundam as caixas de correio. A essência do gesto de enviar um postal de Natal já se perdeu há muito: hoje, enviam-se postais de Natal do mesmo modo como os hipermercados nos fazem chegar a casa os folhetos com as últimas promoções de garrafas de óleo ou comida para cão.
Às catadupas, sem um traço de intimidade ou sequer do calor humano que seria próprio da quadra, os postais de Natal anunciam pais natais sorridentes, árvores de bolinhas berrantes e piedosas imagens religiosas, de duvidosa qualidade e "made in China", acompanhadas das inevitáveis "boas festas e feliz ano novo" já impressas, para dar menos trabalho.
Dos remetentes, quantas vezes nem rasto: apenas um fugaz endereço inscrito no local destinado ao remetente... no envelope. Ou, em alternativa, uma assinatura já impressa no fundo do postal, que alguém se terá lembrado de aconselhar, julgando introduzir um toque de modernidade na velha tradição.
Boas festas apressadas!
Postais assim provocam-me "stress" natalício e uma vontade imediata de os fazer arder copiosamente na lareira da sala.
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