A DOENÇA DA SAÚDE
O relatório da auditoria que o Tribunal de Contas efectuou ao Hospital da Horta, hoje divulgado aqui, é mais um triste exemplo do estado da saúde nos Açores e da falência do modelo de gestão do Serviço Regional da Saúde.
As conclusões desta auditoria quase repetem as da auditoria realizada pelo mesmo Tribunal ao Centro de Saúde da Madalena do Pico (aqui): despesas realizadas sem a necessária cobertura orçamental, elevadissímo número de horas extrordinárias, acima dos limites legais, um peso excessivo com os custos de pessoal, altas taxas de absentismo.
Tudo isto sem que o atendimento aos utentes tenha aumentado na proporção dos gastos ou que as listas de espera dos utentes se tenham contido dentro dos limites temporais clinicamente aceitáveis (a título de exemplo, recordo que a lista de espera para a realização dum TAC na ilha do Faial é dois anos. Isso mesmo: DOIS ANOS!).
Cinco titulares da pasta da Saúde depois, um défice galopante no Serviço Regional da Saúde (SRS), o resultado da governação socialista nesta área é o exemplo acabado da má-governação.
É verdade quer há um problema crónico de sub-financiamento do SRS. É verdade que a nossa realidade insular condiciona fortemente a política deste sector. Mas, não é mesmo verdade que a saúde se tornou o reino da ineficiência e da ausência de gestão dos (parcos) recursos. Sobretudo, a política regional de saúde tem esquecido os cidadãos, afinal a razão de ser do SRS.
Voltarei ao tema, não só pela sua importância, mas porque é uma das áreas que permite aos cidadãos perceberem que há do que uma maneira de lidar com os problemas e de propor políticas alternativas.
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