20/06/2006

SE O RIDÍCULO MATASSE...

O meu post sobre os novos Directores Regionais causou uma estranha agitação na blogosfera regional, aqui, ou aqui , tudo a propósito das "razões pessoais" que levaram o Secretário Regional da Presidência a escolher um Director Regional para a sua Secretaria Regional.
O próprio Secretário Regional, num inusitado gesto, resolveu comentar o post na caixa de comentário deste blogue.
Antes de mais, deixe-me dizer-lhe, Dr. Vasco Cordeiro, que agradeço a visita ao blogue. Fico a saber que é leitor ou que algum dos seus assessores o lê por si. Registo que é a primeira vez que um membro do Governo Regional faz um comentário na blogosfera açoriana. Tenho pena que o Secretário Regional da Presidência não comente outros assuntos que aqui são tratados e dizem respeito à governação dos Açores: as relações do seu Governo com o Sr. Manuel António Martins, os milhões gastos pelo seu Governo nos navios da Transmaçor que ainda não navegam, as "violas e as brasileiras" tão na moda no discurso oficial. Faltará ao Dr. Vasco Cordeiro o tempo para o fazer?
Fica, aqui sim - o desafio para que possa comentar estas matérias bem mais interessantes do que as "razões pessoais" que o parecem ter incomodado.
Para que fique claro, reafirmo - como não pode deixar de ser - tudo o que escrevi. As escolhas para gabinetes ou altos cargos políticos fazem-se com base em dois grandes critérios: critérios de natureza político-partidária - o que não é manifestamente o caso do novo Director Regional dos Assuntos Europeus, já que não tem actividade partidária ou política visível - ou critérios de natureza pessoal, que vão desde afinidades pessoais, razões de amizade, reconhecimento profissional e todos os outros que não cabem nas razões político-partidárias.
Pensava que o Dr. Vasco Cordeiro já sabia isto que acabo de escrever, atendendo à sua experiência política e ao seu percurso pessoal - creio não precisar de explicar o que seja um "percurso pessoal". Pelos vistos enganei-me, o que só vem comprovar que nos enganamos muitas vezes a respeito das pessoas.
Não preciso de ser desafiado pelo Dr. Vasco Cordeiro - e muito menos como "homenzinho" - para explicar o que explicado está pela sua natureza. Porém, devolvo o desafio, com naturalidade: o que o levou a fazer um comentário tão pouco próprio para um membro do Governo?